O Metrô de São Paulo está divulgando por meio de suas páginas nas redes sociais desde a sexta-feira (4) campanha de conscientização contra o abuso sexual nos trêns e estações. Nesta quarta-feira (4), a campanha começará a ser veiculada em vinheta nos monitores internos das composições, dos de cartazes, além da distribuição de folhetos aos usuários nos horários de pico.
O Metrô, por meio de nota, que trabalha continuamente com campanhas de cidadania e de alerta aos usuários sobre condutas que possam colocar em risco a segurança de todos. Além disso, a empresa desenvolve estratégias de segurança com o objetivo de coibir a prática de crimes em suas dependências.
Segundo o Metrô, equipes de segurança contam com agentes uniformizados e à paisana, além de câmeras de vigilância em trens e estações. São mais de mil agentes treinados. Apesar disso, o Metrô coloca à disposição dos usuários o serviço do SMS-Denúncia (97333-2252), ferramenta que promove agilidade no combate às práticas irregulares, infrações ou crimes.
Campanha semelhante veiculada pela Rádio Transamérica FM em nome da companhia no final do mês passado criou polêmica entre os usuários do Metrô. As inserções comerciais diziam que a lotação nos vagões era boa para "xavecar a mulherada".
A companhia disse que a peça não tinha autorização para ser veiculada e anunciou que iria processar a rádio. "O Metrô reitera que repudia tal conteúdo absurdamente defendido pela rádio Transamérica", informou em nota, na ocasião. A rádio, por sua vez, divulgou inicialmente nota na qual defendeu o caráter humorístico da peça e dizendo que não tinha intenção de incentivar qualquer tipo de abuso.
'Encoxadores'
A Polícia Civil de São Paulo está investigando a ação de criminosos que, além de assediar mulheres no transporte público, filmam, fotografam e divulgam imagens na internet. Até o dia 20 de março, foram presos 17 suspeitos de abuso no Metrô e nos trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
O crime, conhecido como "frotteurismo" (ato de se esfregar em outra pessoa), é chamado nas comunidades virtuais investigadas pelos termos "encoxadas" e "encoxadores".
Para praticar o delito, homens usam telefones celulares, máquinas fotográficas e até microcâmeras escondidas para registrar o próprio abuso contra vítimas dentro de ônibus ou de vagões e plataformas lotados do Metrô e da CPTM. O objetivo é encostar na vítima, principalmente nas nádegas ou nos seios, ou exibir o órgão sexual masculino.
Alfinetes
Feministas do movimento Mulheres em Luta distribuíram alfinetes para mulheres contra "encoxadores" no Metrô de São Paulo na manhã de sexta-feira. O objeto pontiagudo foi distribuído com a mensagem "Não me encoxa que eu não te furo", lema da campanha.
Segundo as organizadoras, a ação pretende dar "condições mínimas para que as mulheres se protejam em casos de abuso". O Metrô informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o movimento não tem vínculo com a companhia.
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