quinta-feira, 24 de julho de 2014

De espada a trompete, veja os itens mais incríveis já esquecidos no metrô de SP

'Até cadeira de rodas a gente já encontrou', afirma a chefe do Departamento de Relacionamento com o Usuário


Quem nunca deixou uma chave cair do bolso no trajeto para casa? Perder coisas por conta da pressa é algo perfeitamente normal. No entanto, alguns dos objetos deixados no Metrô de São Paulo – por onde circulam cerca de 3,4 milhões de pessoas diariamente – são de deixar qualquer pessoa embasbacada. O Virgula Inacreditável visitou a Central de Achados e Perdidos do Metrô, na estação da Sé, e encontrou as coisas mais inacreditáveis (veja na galeria de fotos aqui em cima).

Como alguém, por maior que seja a pressa (e o grau etílico), consegue esquecer uma televisão no vagão? Ou uma dentadura? Ou uma bengala?

Cecília Guedes, chefe do Departamento de Relacionamento com o Usuário, acompanhou nossa visita e explicou que é relativamente comum que itens inusitados sejam recolhidos pela Central. “Até cadeira de rodas a gente já encontrou”, afirma Cecília (imaginamos um paraplégico levantando de uma cadeira e a deixando para trás, mas talvez seja viagem demais).

Foram tantos objetos inusitados deixados para trás que eles montaram um pequeno “museu” dentro da Central. Entre os itens esquecidos estão algumas dentaduras, uma espada de cosplay, um facão, uma maquete e amostras da Petrobras, um trompete, uma bengala estilosa de caveira, o disco Abbey Road dos Beatles e outros discos de Carmen Miranda.

Além desses itens, já foram encontrados vibradores (inclusive um do Hulk), roupas íntimas, malas de viagem com roupas e documentos, uma televisão, um forno de micro-ondas e até uma caveira real de cachorro.

E se você está pensando em, malandramente, ir lá falar que esses itens são seus, pode ir tirando o seu cavalinho da chuva. Antes de recuperar um objeto, a pessoa que afirma ser o dono passa por uma bateria de perguntas. Eles questionam desde detalhes do objeto até o dia e a estação em que ele foi perdido.

Os itens são catalogados e ficam na estação onde foram achados por até dois dias. Caso ninguém procure o objeto nesse período, ele vai para a Central. Lá, os objetos ficam por no máximo 60 dias. Depois disso, os objetos que são passíveis de doação são destinados para o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo. Já os documentos, após o mesmo período, são devolvidos aos órgãos emissores.

Dos itens perdidos, 58% são documentos; em segundo lugar, vêm objetos de papelaria (cadernos, livros, agendas, canetas). Dos 30 mil objetos cadastrados nos primeiros 5 meses do ano, apenas 8 mil foram devolvidos - a maioria dos itens não são essenciais e são deixados por lá pelos donos.

A Central de Achados e Perdidos do Metrô de São Paulo funciona na Estação Sé, de 2ª a 6ª, das 7h às 20 horas, exceto feriados. Para consultar o sistema de achados e perdidos, clique aqui.

Por: Gabriel Critelli Carvalho

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